a Viajolândia em: Campos do Jordão

Eu e minha esposa há algum tempo vínhamos conversando sobre viajar no nosso aniversário de casamento. Como minhas férias não iriam coincidir com o nosso aniversário, acabamos por optar viajar para um lugar perto de Campinas, cidade onde moramos. Com isso, decidimos ir para Campos do Jordão.

Campos do Jordão fica no interior do estado de São Paulo, na serra da Mantiqueira. A cidade está a uma altitude de 1628 metros, sendo considerado o mais alto município do Brasil. Ela é uma cidade bastante focada no turismo de inverno, recebendo centenas de pessoas neste período, muitas atrás do agradável clima das montanhas, combinado com deliciosos rodízios de fondue e um belíssimo festival de música.

Acabamos optando por ir no outono, visto a alta dos processos na temporada de inverno e a superlotação da cidade. Resultado, não nos arrependemos. Pegamos temperaturas perto dos 10 graus dando até para usufruir da lareira do hotel e nos livramos do grande movimento que é a alta temporada.

Ficamos hospedados na pousada Dom Alfredo José, uma pousada muito agradável com vista para as montanhas, café da manhã colonial e perto do centro turístico da cidade.

Minha primeira recomendação pra quem pensa em ir para campos é ir de carro. Embora seja uma cidade muito voltada para o turismo, é muito difícil fazer algo sem carro, pois todos os pontos turísticos famosos da cidade ficam a uma distância considerável do centro. Logo cedo fomos ao morro do elefante, que ficava há apenas alguns metros do nosso hotel.

Infelizmente o teleférico estava fechado, mas deu pra se ter uma ideia do arrepio que deve dar subir por ele. A vista é linda e valeu a pena a parada, com direito até a música típica e uma pequena feira bem bacana.

Saindo de lá, descemos rumo ao pico do itapeva, passando por várias casas típicas e pela Ducha de prata. Infelizmente, ao chegar ao pico, nos deparamos com uma vista bem típica desse época do ano. Neblina!!! Muuuuita neblina!!! Infelizmente, não tivemos a chance de avistar um dos pontos mais lindos da região, onde é possível avistar 7 cidades no entorno. Uma pena!

Voltamos para a cidade e passamos o resto do dia passeando pelo centro turístico, visitando lojas de chocolates, roupas e doces tipicos.

Uma parada obrigatória é na Baden Baden, um dos restaurantes mais famosos e típicos da região. Ponto super badalado e movimentado. Mas não vá esperando preços acessíveis, pois dói a alma só de olhar para o cardápio.

Acabamos almoçando no “O outro”, um restaurante muito gostoso que apesar do péssimo atendimento, nos serviu um delicioso filé alemão com fritas… Tudo de bom!

Encerramos o dia com um fondue de carnes e pães e é claro, com um bom vinho, em frente a lareira! Na manhã seguinte, partimos rumo ao Palácio boa vista, a casa de inverno do governador do estado de São Paulo. Confesso que a nossa expectativa para este passeio era zero, mas mesmo assim resolvemos ir pra conhecer um lugar tão importante para Campos do Jordão.

Tivemos uma sorte absurda, que ao chegarmos lá nos deparamos com uma semana especial, onde a entrada para o palácio era gratuita. Em outros datas, é cobrado R$5 reais por pessoa para a entrada no palácio. Sua construção iniciou-se em 1938 para servir de casa de veraneio e sendo concluído apenas em 1964. Em 1970 o palácio passou a ser considerado monumento para visitação pública e desde então foi transformado em um centro de artes, armazenando importantes acervos artísticos de grandes nomes da arte brasileira como Anita Malfatti, Cândido Portinari, Di Cavalcanti, Victor Brecheret, Alfredo Volpi, Ismael Nery e Vicente do Rego Monteiro, entre outros.

“O palácio impressiona pela suntuosidade e pela decoração interna – são mais de 1800 obras de arte expostas em 105 cômodos. Insere-se em um terreno de mais de 95 mil metros quadrados, a maior parte disposta na forma de amplo jardim, circundando a residência.”

Acabou que fomos surpreendidos por um agradável passeio pela história, vendo obras de artes de artistas tão famosos, foi um passeio que valeu. Uma pena não poder fotografar no interior do palácio. Ficamos só com as fotos da fachada.

Saindo de lá, fomos a chocolataria Araucária, umas das mais tradicionais de Campos. Não sei se compensa muito, os chocolates são bem caros e na minha opinião não havia nada de especial neles. Mas como chocolate é chocolate, acabamos comprando alguns. Quem resiste?

Por termos ficado apenas um final de semana tudo foi muito rápido. Tivemos que fazer o check out meio-dia e do hotel fomos almoçar num restaurante indicado pela recepcionista, o Rancho do Tio Lé. No começo ficamos meio suspeitos pelo lugar, mas fomos surpreendidos com uma comida deliciosa e caseira. Com certeza valeu a pena!